sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Com a voz não se brinca!!!

Ela é um de seus mais importantes instrumentos de trabalho. Por isso, merece muita atenção.
Um professor sem voz é como um artesão sem mãos. A fala é um dos mais importantes instrumentos de trabalho, mas nem sempre recebe tanta atenção, não é mesmo? "Radialistas e atores, que também usam a voz, aprendem a cuidar dela", afirma Natália Ribeiro Fiche, professora de Técnica e Expressão Vocal da Escola de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro. Enquanto isso, os cursos de formação de docentes ignoram esse aspecto da profissão. Por isso é essencial ficar atento.
As principais causas de distúrbios da voz estão diretamente relacionadas ao excesso de trabalho, ao desrespeito às pausas para descanso e ao desconhecimento de técnicas vocais. Os sintomas você provavelmente já conhece: irritação e dor de garganta, cansaço ao falar, pigarro e a sensação de que a voz some e falha em sua qualidade no decorrer do dia ou da semana. É o corpo sinalizando que algo está errado e que, talvez, seja hora de consultar um fonoaudiólogo ou um otorrinolaringologista (únicos profissionais habilitados a orientar técnicas adequadas de fala e respiração).
Fabiana Copelli Zambon, fonoaudióloga do Sindicatos dos Professores de São Paulo, diz que o ideal é prevenir. "A maioria dos colegas só me procura quando o problema já está avançado." Para impedir que isso aconteça com você, siga as orientações a seguir.
1. Antes de tudo, respire>>>
A voz está diretamente ligada à respiração. Grande parte das pessoas tem respiração média: expande o abdômen e o peito quando inspira. Outras têm curta: só no peito, que fica no sobe-e-desce. Quem usa muito a voz precisa desenvolver a diafragmática, que adotamos naturalmente na hora de dormir, com maior expansão na região abdominal. Aquecimento e desaquecimento vocal também são fundamentais para iniciar ou encerrar um dia de trabalho.
Toda vez que você tem de se colocar num ambiente ruidoso precisa falar mais alto. O ideal é impostar a voz. Para quem ainda não sabe, vale usar microfone em sala de aula. Não falar enquanto escreve no quadro-negro é outra boa medida (de costas para a turma, a tendência é elevar o tom, respirando ar carregado de pó de giz). Outro erro comum é, ainda de costas, virar só o pescoço para responder a uma questão, pois esse movimento provoca tensão na região. Pelo mesmo motivo, evite roupas apertadas na cintura, no abdômen e no pescoço.
2. Café não, água sim.>>>
Comidas e bebidas saudáveis são fundamentais para qualquer indivíduo, mas quem fala muito precisa se preocupar ainda mais. Muitos alimentos engrossam a saliva, dificultando a articulação das palavras e a vibração das pregas vocais. É o caso dos derivados do leite e do chocolate. Maçã e salsão, ao contrário, têm propriedades adstringentes e deixam a saliva fina. Comer alimentos pesados e condimentados muitas vezes provoca refluxo gástrico. Antes das aulas, esse hábito deve ser evitado porque essa secreção banha as pregas vocais e as irrita.
O café machuca e resseca a laringe porque é quente. Se você não quer parar de tomá-lo, evite-o durante os intervalos das aulas e beba mais água. Essa, sim, é uma grande aliada: hidrata as pregas e melhora sua flexibilidade e vibração. Em classe, o correto é beber oito copos por dia em pequenos goles e à temperatura ambiente (o corpo é quente e as estruturas vocais estão aquecidas durante a fala, por isso segure na boca por algum tempo antes de engolir qualquer líquido gelado).
3. Adeus aos vícios>>>
Todo mundo está cansado de saber dos efeitos nocivos da nicotina. Entre tantas coisas, o cigarro destrói os cílios do trato respiratório, responsáveis pela retirada do muco das paredes. Conclusão: mais pigarro. Como se não bastasse, a fumaça resseca as pregas, o que dificulta sua vibração. Mesmo quem não fuma, mas fica num ambiente de fumantes, sofre os mesmos efeitos.
Sprays e pastilhas deixam a laringe anestesiada, o que faz com que a gente não perceba se ela está realmente comprometida. O gengibre, apesar de seu conhecido poder cicatrizante, pode irritar as mucosas da laringe e causar tosse. Remédios contra a dor de cabeça, que são vasodilatadores, ativam a circulação sanguínea na periferia das pregas vocais, aumentando o risco de pequenos sangramentos.
4. O pó(poeira) também é inimigo>>>
A rinosinusite alérgica é comum em pessoas que vivem em ambientes poluídos. A solução é muita hidratação para fluidificar as secreções e poupar a fala. Por isso, o ambiente de trabalho deve estar livre de poeira, pó de giz, fumaça de cigarro e incenso. É recomendável que a sala de aula seja limpa diariamente com um pano úmido. No quadro-negro, o truque é passar o apagador de cima para baixo ou substituí-lo por um pano úmido.
Tossir e pigarrear por causa da gripe é, às vezes, inevitável. O que não pode é isso se transformar num hábito, porque fere as pregas vocais e aumenta a produção de muco num círculo vicioso, pois a secreção atrapalha a fala, o que obriga a limpar a garganta novamente. A água, mais uma vez, é o melhor remédio.
5. De olho nos hormônios>>>
Durante a fase pré-menstrual, algumas regiões do corpo da mulher se incham, inclusive as pregas vocais, deixando a voz mais grave e tensa. Nesse momento, falar em excesso piora a situação. A pílula anticoncepcional e os remédios para reposição hormonal provocam sintomas semelhantes.
Edição Nº 164 Agosto de 2003

2 comentários:

  1. Bom Dia!
    Vim deixar meu carinho e lhe desejar
    uma bela Páscoa com Jesus para você
    e sua família:)
    Beijos fica com Deus!

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  2. Boa Noiteeeeeeee!
    Vim deixar meu carinho e lhe
    oferecer um Selinho do
    Dia das Mães espero que goste fiz
    com todo meu carinho!

    Uma bela noite para você beijos
    fica com Deus:)

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